0
Fazer o que gosta é 70% de caminho andado, o resto é com você!
Posted by Unknown
on
17:16
O sonho de
ingressar na faculdade sempre acompanhou a jornada dela. Talvez nem sempre ela
tenha tido certeza do que queria inicialmente e quando lhe perguntavam o que
queria ser quando crescer a resposta era incerta.
O tempo
voou, o ensino fundamental e o ensino médio deixaram a saudade das
brincadeiras, das amizades passageiras e até das amizades eternas quando o
convívio era contínuo e diário. Gincanas, festas, aulas ‘enforcadas’, paqueras
e toda a descoberta que a vida de um adolescente traz ficou registrado na
memória e em alguns casos, nas fotografias que antigamente eram reveladas, mas
que no ensino médio, já era algo digital e nada palpável, tudo em um backup ou
compartilhado, acompanhado de frases criativas ou não, de autoria própria ou
copiadas nas redes sociais.
2010, último
ano do ensino médio, era mês de março e a saudade já apertava, ela sabia que em
breve aquela rotina gostosa acabaria e que muitos amigos ficariam na saudade;
não pelo desinteresse, mas pelo fato de que a vida muda mesmo, muda para todo mundo
e os caminhos nunca são os mesmos. E em meio a tudo isso, lá no fundo do
consciente e do coração, a pressão em escolher um caminho profissional
apertava, não só pela realização pessoal, mas também e talvez até principalmente,
pelo desejo em orgulhar os pais que sabiam que ela era a primeira da família a
ingressar na faculdade e trazer o sonhado ‘diploma’ para o sobrenome. Testes vocacionais
foram realizados diariamente e a cada dia uma profissão diferente era acusada
como a disciplina mais compatível de sua personalidade.
2011 e o
curso não estava escolhido, mas ela determinada, precisava terminar o ensino médio
e já ingressar na faculdade, não queria parar e escolheu um curso que abrange
muitas áreas do mercado de trabalho: “Administração! Vai ser essa a minha
faculdade já que não decidi fazer nada específico!”. Nada mais errôneo escolher
a profissão que te fará feliz ou não a vida inteira por impulso, pressa ou
desejo de satisfazer alheios. Realizar o sonho de outros não foi uma boa ideia.
Primeiro dia de curso, uma sala de aula ‘abarrotada’ de gente e os primeiros
identificados e com atitude de se aproximar foram os que vieram junto com ela,
da cidade de Cosmópolis em uma van apertada mas de mensalidade muito cara. A
rotina era difícil, não só pelo fato de ter que trabalhar e estudar para pagar
a mensalidade do curso e o transporte, sair de casa às 7h da manhã e chegar
mais de meia noite, até valeria o esforço se tudo aquilo trouxesse a primeira
coisa que o trabalho deveria trazer, que é o prazer em realizar tudo aquilo de
forma bem feita. Um ano de curso e necessidade de trancar o curso escolhido foi
maior que o sonho de ver os pais realizados.
2012 foi um
ano só do trabalho para casa e de forma tranquila, na cabeça dela, o merecido ‘descanso’
tinha chegado. Mas o segundo ano não aconteceu da mesma maneira, em 2013 a
necessidade de voltar a estudar e de se sentir alguém que contribuísse para
algo nesse mundo incomodava a cada dia mais e incessantemente. Como em cidade
pequena não havia uma instituição à nível de graduação, ela via as vans que
levava alunos para outras cidades transitando pela cidade enquanto saía em
horário comercial do trabalho e ia para casa... “Putz, quero voltar a estudar!”
O sentimento
de auto menosprezo era cada vez mais intenso “Todo mundo sabe fazer alguma
coisa, nasceu para algo e contribui com algo nesse planeta... Será possível que
minha sina é não saber fazer nada e continuar numa vida sem graça onde sou infeliz?”
Desde a infância
ela escrevia bem, lia bem, a mãe se orgulhava e gabava a boa filha estudiosa
para quem quisesse parar e conversar com ela por dois minutos que fosse. Ela
via uma maneira de ‘vender o peixe’ da filha. Alguém importante sempre
levantava a auto estima “Você é inteligente, calma, uma hora você se encontra,
começa prestando a prova do ENEM, se conseguir uma boa nota escolhe um curso
que seja mais parecido com você”.
A inscrição
foi realizada e a nota foi satisfatória, o curso de Jornalismo era algo que
tinha começado a se fazer muito presente e que martelava o tempo todo na cabeça
dela. Assistia aos telejornais de maneira diferente, para quem era apolítica, passou
a se interessar pelos interesses de sua cidade a nível de câmara municipal do
legislativo ao executivo. Decidida, tomou a melhor decisão de sua vida. Pouco
tempo precisou para que os pessimistas aparecessem... “Não tem área pra esse
curso” “É inútil” “Não é uma profissão valorizada, sai dessa”. Ela até pensou
em desistir mas não tinha nada a perder, a vida já era insatisfatória e entre
continuar no NADA e arriscar em alguma coisa, ela preferiu arriscar.
Primeiro dia
de aula, 15 de fevereiro de 2014, o mesmo friozinho na barriga que sentiu em
2011 mas que logo teve uma decepção no curso de Administração na FaculdadeAnhanguera da mesma cidade, Limeira. O problema não era o curso ou a instituição,
mas sim, o desinteresse dela pela área. Dessa vez era diferente, a grade curricular
nas mãos lhe causara ansiedade para concluir cada matéria do currículo. Até as
pessoas pareciam diferentes e logo na apresentação ela se identificou com o
mais ‘experiente’ da turma.
O primeiro
trabalho em dupla ela não dispensou a companhia dele e não hesitou em lhe pedir
companhia. De um lugar que ela só esperava estudos, conheceu alguém que
compartilhou de uma amizade sincera e que lhe relembrava a nostalgia do ensino
médio. A dupla, despojada, não demorou até que se tornasse um trio, um quarteto
e enfim, o quinteto que compartilha do mesmo sonho, de se formar um Jornalista
de sucesso e que apesar de a vida lhes fazer ‘concorrentes’ eram pessoas
queridas com quem poderiam se ajudar e que em todos os trabalhos contam um com
o apoio do outro.
Ela se
encontrou, encontrou no jornalismo algo que se identificava e lhe fazia feliz,
ganhou um nome, se tornou a Paula finalmente, a Paula de projetos, de sonhos e
que já arquitetava um futuro desde a planta de sua construção. As coisas faziam
sentido e a cada dia Paula se tornava mais dedicada, conseguiu seu primeiro
estágio na área de jornalismo, o qual agarrou com unhas e dentes e passou a
colocar em prática a partir do mês de novembro tudo que tinha visto em teoria
nos últimos seis meses. A aula de português fazia sentido, e não só as aulas de
português ministradas na universidade, mas sim as aulas que ela achava o máximo
desde o ensino fundamental. Plantão policial, Coletiva de imprensa, transmissão
ao vivo na Câmara dos Vereadores do município em que vive tornava o sonho ainda
mais concreto. Hoje, a jornalista que ganhou um nome e que respectivamente é a
sua marca, se sente realizada e faz jus ao ditado “Se você faz o que gosta, já
tem 70% do caminho andado, o resto só depende de você!”
Pessoas a quem eu sou grata e acompanham a minha jornada:
A dupla que virou trio, quarteto, quinteto <3
Os empresários que ofereceram a primeira oportunidade de estágio e ajudaram a ampliar o meu caminho de conhecimentos na prática. Gratidão define!
A companheira de faculdade e de trabalho que ajuda e incentiva!
A trilha sonora que descreve a caminhada rumo a minha vida universitária: