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A perspectiva de um jornalista experiente sobre a teoria e a prática

Posted by Unknown on 16:07
     A organização TED, de Belo Horizonte se inspirou no tema “As diferentes faces do Jornalismo” e trouxe o jornalista Bruno Figueiredo que começa abordando o tema falando sobre a escolha da profissão em um olhar que abrangente e generalizador sobre a visão do profissional engajado pelo desejo de transformar o mundo e o ambiente onde vive em um lugar melhor. Ainda de uma maneira geral Bruno conta que uma das primeiras coisas que o estudante de jornalismo encontra quando chega na faculdade é o comprometimento com a verdade como alicerce da profissão escolhida além dos divergentes interesses públicos.

     Assim que se formou e ingressou no mercado de trabalho, inclusive com o pé direito, tendo vista que o veículo possuía porte considerável na cidade de Belo Horizonte –MG, o jornalista relata que adquiriu grande bagagem, presenciou várias situações e em seguida abriu a própria empresa em sociedade com o amigo. Sua experiência lhe fez concluir que a teoria não se funde completamente com a prática e que deixar a verdade em primeiro lugar, muitas vezes vai ser uma missão. Tudo isso devido ao fato de que o lucro e a manutenção de poder, exatamente nessas palavras “Os veículos de comunicação são usados como ferramentas”.

     O primeiro fato, de modo compreensível, é o fato de que qualquer veículo de comunicação não deixa de ser uma empresa e como qualquer outra, precisa lucrar para existir o que tem total dependência de anunciantes que se resumem no governo e em grandes empresas e isso gera uma concorrência e uma disputa por público.

     O cobiçado ‘furo’ jornalístico também entra na disputa pelos veículos que concorrem no mercado de trabalho e esse fator pode desencadear inúmeros desconfortos organizacionais devido a infinita corrida entre eles, como por exemplo, citado pelo próprio Bruno Figueiredo, profissionais da área presenciarão comumente a edição de sua reportagem em todos sentidos, principalmente na via impressa. Editar o foco da matéria e em alguns casos até comprometer a veracidade da matéria será uma atitude do editor do veículo em busca de não se ‘comprometer’ com quem ‘sustenta’ o jornal.

     O jornalista também aponta o preocupante número de pessoas envolvidas com o meio político e que são proprietários de veículos de comunicação e mídia alternativa, o que torna impossível o questionamento de qualquer conteúdo publicado aos responsáveis pelo meio de comunicação. Apesar de ser algo ilegal é muito comum e pouco questionado.

     Sobre a internet, o indispensável tema ‘Redes Sociais’ vem à tona sob o comentário do jornalista que afirma ter caracterizado, ou, dependendo do ponto de vista, descaracterizado alguns aspectos do jornalismo. O que há poucos anos era de total domínio da TV aberta, hoje perde um espaço significativo para a internet que virou palco de outros meios de se comunicar e ganhou um aliado indispensável: a tecnologia da multimídia! Aparelhos cada vez mais modernos e com softwares que facilita a disponibilização de conteúdo para os leitores com velocidade e não de forma amadora mas sim, real, do que vivem nas ruas e reportam em suas rotinas gerando número de visualizações, acessos e quando de extrema importância algo que pode se alastrar, tornar-se viral e ‘pautar’ importantes veículos independente de qualquer relação.

     O conselho final do jornalista é “Quem quer fazer jornalismo, seja jornalista ou não, a rede proporciona pra gente fazer um jornalismo de verdade e não um jornalismo de mercado, o jornalismo que a gente aprende na faculdade”



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